Heparinizar ou salinizar os cateteres venosos periféricos?

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26 de Agosto de 2016

cateterUm evento frequentemente observado é a obstrução dos cateteres venosos devido à formação de coágulos ou precipitado de fármacos.

Conforme parecer do COREN-SP 2010, o uso do SF 0,9% para salinização dos cateteres venosos periféricos tem sido muito recomendado para manutenção da permeabilidade e prevenção de complicações decorrentes de associação medicamentosa. Essa técnica apresenta como vantagem ter o menor custo que a heparinização, ser um procedimento mais simples e eliminar a possibilidade de incompatibilidade com as drogas e soluções administradas. Além disso, elimina o risco de alergia, trombocitopenia e hemorragia.

A heparina é uma medicação anticoagulante que age por meio da interação com a antitrombina, formando um complexo que inativa várias enzimas da coagulação, tais como os fatores da coagulação (II, IX e X) e mais significativamente a trombina.

A escolha do método depende das rotinas das instituições. Se for indicado o uso da heparina, recomenda-se que a concentração não cause anticoagulação sistêmica, aumentando o risco de hemorragias.

Estudos feitos com base em uma revisão sistemática com meta análise e uso da solução salina e heparina, evidenciou não  haver diferença na permeabilidade e prevenção de obstrução de cateteres,  com uso de SF 0,9% e heparina em acessos venosos. Porém nos acessos arteriais o uso da heparina prolonga o tempo de permeabilidade e redução dos coágulos.

Independente da solução, é importante exercer uma pressão positiva na hora de injetar a solução e fechamento rápido do sistema ou uso de dispositivo com válvula antirefluxo na luz do cateter.

Vale ressaltar que além da infusão intermitente, o uso de lavagens (flush) em cateteres de infusão contínua também é recomendado, com o objetivo de manter a permeabilidade do cateter e evitar infecções de corrente sanguínea relacionada ao cateter através da redução do biofilme.

No Hospital Sarah, onde trabalhei por 8 anos, é instituído o uso de SF 0,9% nos acessos venoso periféricos. Porém para os cateteres venosos centrais  é  recomendado a solução de heparina na concentração de 0,2 ml de heparina e 9,8 ml de SF 0,9%, a quantidade infundida depende da descrição no próprio cateter.

A prescrição da salinização e heparinização dos cateteres podem ser feitas pelo enfermeiro, desde que haja previsão no protocolo institucional, conforme legislação do exercício profissional.

Para aprofundar esse aspecto acessem o parecer do COREN-SP no link abaixo:

http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/parecer_coren_sp_2010_17.pdf

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Fernanda Barboza é graduada em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia e Pós-Graduada em Saúde Pública e Vigilância Sanitária. Atualmente, servidora do Tribunal Superior do Trabalho, cargo: Analista Judiciário- especialidade Enfermagem, Professora e Coach em concursos. Trabalhou 8 anos como enfermeira do Hospital Sarah. Nomeada nos seguintes concursos: 1º lugar para o Ministério da Justiça, 2º lugar no Hemocentro – DF, 1º lugar para fiscal sanitário da prefeitura de Salvador, 2º lugar no Superior Tribunal Militar (nomeada pelo TST). Além desses, foi nomeada duas vezes como enfermeira do Estado da Bahia e na SES-DF. Na área administrativa foi nomeada no CNJ, MPU, TRF 1ª região e INSS (2º lugar), dentre outras aprovações.

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