Os 3 níveis da preparação de alta performance

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4 de Novembro de 2016

Os 3 níveis da preparação de alta performance

“Não andeis ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir.” (Mateus 6.25)

Olá, querido leitor!

Hoje, iremos tratar sobre “os 3 níveis da preparação de alta performance”. Veja: quando nós observamos os atletas profissionais participando das competições, seja uma olimpíada ou uma copa do mundo, percebemos que a preparação deles é levada muito a sério. Normalmente, esses atletas saem de uma competição já pensando na próxima. Em pouco tempo, já estão se preparando para outra competição que, às vezes, ocorrerá dois, três ou quatro anos depois. Isso mesmo! Há atletas que se preparam de três a quatro anos para participar de uma Olimpíada, por exemplo. Nesses casos, o foco é direcionado para resultados a médio ou longo prazos.

Se mudarmos a vertente para o mundo dos concursos públicos, notaremos que não é muito diferente. A cada dia, sabe-se que os concursos estão mais exigentes. Além disso, com a diminuição do número de vagas imediatas, a concorrência aumenta. Consequentemente, decorre a necessidade de investir adequadamente na preparação. Atualmente, não basta apenas estudar.

Eu me recordo que, quando iniciei meus estudos para concursos públicos (no final de 2003), os professores diziam: “Quer passar? Então, estuda”. Isso era suficiente, ou seja, tínhamos de estudar, estudar… Não havia muita preocupação com estratégias ou técnicas mais apuradas de estudo.

Porém, os tempos mudaram; as bancas mudaram; e o nível de exigência nos concursos também mudou. Agora, estudar isoladamente não resolve tudo (é claro que continua sendo muito importante). O candidato que pretende realmente alcançar um lugar ao sol precisa quase se profissionalizar na preparação para concursos públicos. Essa nova ótica acerca da preparação para os concursos públicos eu a chamo de preparação de alta performance. Trata-se de uma preparação em que você buscará atingir todas as suas potencialidades; explorar ao máximo suas habilidades; e, além disso, trabalhar pontualmente em suas possíveis fragilidades. Tudo isso para que, no menor espaço de tempo possível, você consiga alcançar a sua vitória.

Nesse tipo de preparação, o candidato precisa investir nos três níveis ou dimensões da preparação. Três níveis ou dimensões da preparação? Isso mesmo. Os três níveis da preparação de alta performance são: a preparação intelectual ou de conteúdo; a preparação física; e a preparação emocional. Quando o candidato toma ciência dessa realidade e a encara, os resultados são potencializados. Vamos então entender como funciona cada um desses níveis.

 

Primeiro nível da preparação de alta performance PREPARAÇÃO INTELECTUAL OU DE CONTEÚDO

Nesse primeiro nível, encontra-se a face mais conhecida no mundo dos concursandos: a preparação intelectual ou de conteúdo. Refere-se aos estudos, vale dizer, é a bagagem necessária que você precisa adquirir para enfrentar as provas. Sem ela, é praticamente impossível a aprovação. Como eu disse, durante muito tempo, dizia-se e acreditava-se que estudar era suficiente. Atualmente, conforme já destaquei, não basta apenas estudar, mas é necessário saber estudar. O saber fazer é fundamental para que os resultados venham. Você já parou para pensar no número de pessoas que estudam anos e anos, mas que não conseguem alcançar seus resultados? Veja: eu sei que cada pessoa possui um tempo certo parar absorver a bagagem necessária à aprovação; entretanto, tenho visto alguns concursandos que estudam há mais de 4 ou 5 anos – ou até mais, às vezes – e não alcançam a aprovação. Isso não é normal! É necessário analisar como o processo está sendo desenvolvido. Já orientei concursandos que não eram aprovados porque repetiam os mesmos erros, dia após dia.

E quais são os principais erros cometidos na preparação? Dentre vários, os principais são:

Não há um alvo predefinido: se você não tem um alvo predefinido, isso dificultará e, em alguns casos, até impedirá a realização do seu projeto. Como realizar algo que não se sabe o que é? Como chegar a algum lugar se não for definido, previamente, o ponto de chegada? Quando o alvo não é predefinido, o concursando vai de um lado para outro, realizando concursos totalmente distintos quanto às áreas de atuação, que, no final das contas, só gera cansaço e frustração. Em virtude dessa indefinição, muitos acabam desistindo do projeto, “achando que concurso não é para eles”.

– Outro erro muito comum e bastante prejudicial é a falta de planejamento. O planejamento funciona como um GPS. Se você sabe aonde quer chegar, o GPS vai conduzi-lo pelo caminho mais rápido possível.

– Ainda outro erro que tenho visto com muita frequência é a utilização de materiais inadequados. Nesse quesito, atualmente, com o avanço da tecnologia, a facilidade de acesso a materiais com professores especialistas encurta o caminho para a aprovação. Há diversos materiais didáticos, de motivação e de estratégias de estudo. Além disso, não posso deixar de mencionar a ferramenta revolucionária do ensino online: o Gran Cursos Online, do qual sinto-me privilegiado por fazer parte. O Gran Cursos Online leva até você, em qualquer parte do Brasil – e até fora dele –, o melhor conteúdo. Além de o conteúdo ser direcionado pontualmente para os concursos de que trata, o Gran Cursos Online conta com diversos especialistas em concursos públicos.

– Há ainda o erro do imediatismo. São pessoas que acreditam que a regra é estudar dois ou três meses e já ser aprovado. Isso é exceção. Em regra, o processo demora um pouquinho mais. Mas muitos, não entendendo que há um tempo determinado para a realização do projeto, acabam se “chateando”, desistindo do projeto.

 

Segundo nível da preparação de alta performance – PREPARAÇÃO FÍSICA

O segundo nível da preparação de alta performance refere-se à preparação física. São pouquíssimos os concursandos que dão atenção a esse nível, e ele é fundamental para que você alcance sua vitória.

Vou te contar um pouquinho do meu exemplo pessoal: a prova para consultor legislativo, do dificílimo concurso da Câmara dos Deputados, para o qual eu concorri (e que, graças a Deus, fui aprovado em sétimo lugar), tinha 120 questões objetivas e mais quatro provas discursivas (cada prova discursiva tinha 120 linhas). Isso mesmo! Quatro provas discursivas de 120 linhas cada. Quando eu estava me preparando, normalmente aos finais de semana, eu reservada 9 horas por dia para eu simular a prova objetiva e a discursiva que eu iria enfrentar dias à frente.

Perceba: se, no dia da minha prova, eu teria de enfrentar 9 horas diante da prova, eu precisava treinar fisicamente para isso durante a minha preparação. Note que não é fácil ficar 9 horas, por dia, assistindo a bons filmes. Mesmo que os filmes sejam perfeitos, é cansativo. Agora, imagina ficar 9 horas sentado, normalmente, numa cadeira dura, com uma pessoa diante de você informando que seu tempo está acabando. Além disso, durante essas 9 horas, há diversos outros fatores, como o peso em nossos ombros da cobrança pessoal e de terceiros.

Note que eu nem falei da fase física para os concursos voltados à carreira policial. Nesses concursos, a fase de provas envolve testes de aptidão física. Normalmente, entre 20 e 30% dos concursandos aprovados na prova objetiva e discursiva são reprovados no teste físico. Se tirarmos os casos pontuais de abusos cometidos pela banca examinadora, bem como de situações específicas de saúde de alguns candidatos, infelizmente a maioria dos que reprovam falhou na preparação. Perceba que a preparação intelectual ou de conteúdo precisa estar alinhada à preparação física. Elas são interdependentes.

 

Terceiro nível da preparação de alta performance – PREPARAÇÃO EMOCIONAL

O terceiro e último nível da preparação de alta performance é a preparação emocional. Embora, normalmente, as pessoas deem mais atenção à preparação intelectual ou de conteúdo, a preparação emocional – para mim – é tão importante quanto aquela. Não estou dizendo que com emoções, apenas, você vai ser aprovado. Não é isso! Mas o fato é que, se você não estiver com sua preparação emocional em dia, você não consegue estudar e nem se preocupar com a questão física.

A preparação emocional interfere diretamente nas duas anteriormente comentadas. Nesse nível de preparação, o candidato precisa saber lidar com as frustrações que fazem parte da caminhada. Além disso, precisa saber lidar com a ansiedade. A ansiedade, em excesso, impede a pessoa de tomar decisões prudentes. Pessoas muito ansiosas ou não tomam determinadas decisões por medo, ou tomam decisões precipitadas, no extremo oposto. Os dois extremos são bastante prejudiciais.

Ainda, na preparação emocional, o concursando precisa saber filtrar as diversas informações, principalmente as negativas, que se lhe apresentam diariamente. São críticas, são mentiras sobre concursos, são declaração que desencorajam, que desmotivam etc.

Veja. Esses três níveis, se estiverem interconectados em sua jornada, tudo será bem menos difícil.

Analise como está a sua preparação. Veja se está deixando a desejar em alguns desses níveis. Corrija hoje mesmo e mude o rumo de sua jornada.

Invista na sua preparação intelectual ou de conteúdo! Dê atenção especial para preparação física e, por fim, diariamente, agarre-se à preparação emocional, pois esta, se deixada de lado, pode impedir os frutos das outras duas.

Quaisquer dúvidas ou considerações, podem deixar seu comentário ou podem me contatar: wellington.antunes@globo.com.

Abraço!

Até a próxima!

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Wellington Antunes
wellington-antunesProfessor de Direito Constitucional, Licitações, Contratos e Convênios. Servidor Efetivo do MPU. Aprovado para Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados/2014 (aguardando nomeação) Aprovado para Analista de Finanças e Controle da CGU (aguardando nomeação). Graduado em Administração Pública. Pós-Graduado em Direito Administrativo no IDP (Especialista). Instrutor interno do MPU (atuante na área de Licitações e Contratos, entre outras funções – pregoeiro, elaboração de Editais, Projetos Básicos e Termos de Referência, instrução de processos de dispensa e de inexigibilidade)”.

 

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4 de Novembro de 2016

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