Regras ABNT: como estruturar um bom TCC?

O TCC é um trabalho acadêmico realizado ao final de cursos de graduação e pós-graduação com o objetivo de avaliar os conhecimentos obtidos pelo aluno ao longo do programa e permitir uma aplicação mais direta destes, focando a análise em um objeto de pesquisa específico. Além de ser um trabalho que exige bastante dedicação, o TCC também é muito temido por conta da sua estrutura detalhada de formatação: é aí que entram as regras ABNT!

Mas calma! Apesar de serem detalhadas, as regras ABNT não são nenhum bicho de sete cabeças e, com o tempo, você muito provavelmente até se acostumará com elas!  Se você precisa realizar esse trabalho para finalizar seu curso, acompanhe o artigo para saber quais são os principais pontos de atenção na hora de formatar o seu TCC e conquistar a aprovação!

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Regras ABNT: afinal, o que são e de onde vieram?

As regras de formatação para materiais científicos foram definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Fundada em 1940, ela é responsável pelos padrões de formalização técnica no Brasil.

Além de estar presente na vida dos estudantes e pesquisadores por meio das conhecidas regras ABNT , essa Instituição também impõe os critérios de normatização de natureza industrial, empresarial, tecnológico, comercial e muitos outros!

O objetivo das regras ABNT é criar uma padronização dos materiais para determinado segmento, permitindo que eles sejam amplamente compreendidos e facilmente replicados. O padrão previne, por exemplo, que cada pessoa elabore documentos da maneira que preferir, o que muito provavelmente causaria ruídos na comunicação.

A ABNT também é a fundadora da ISO (International Organization for Standardization): um comitê internacional que define regras para o compartilhamento de material científico e outros documentos.

Como as regras ABNT são cobradas no seu TCC?

As regras ABNT são cobradas na formulação de monografias e artigos científicos. Por conta de diferenças na extensão de cada um desses trabalhos, contudo, podem existir elementos dispensáveis. Também é importante destacar que é comum que Instituições de Ensino lancem diretrizes específicas de formatação para os seus trabalhos.

As regras ABNT, afinal, não são obrigatórias por lei para a formulação do TCC. Dito isso, as diretrizes de universidades e faculdades costumam ser baseadas nas definições da Associação Brasileira de Normas Técnicas, contando com poucas diferenciações. Por isso, é sempre importante dominar as principais.

Além de facilitar a correção, adotar as regras ABNT também facilita o compartilhamento dos materiais produzidos em outros veículos como revistas e periódicos científicos, caso o aluno tenha interesse. Por fim, essas regras também buscam evitar qualquer forma de plágio, intencional ou não. Afinal, todas as fontes utilizadas ao longo do texto devem ser devidamente citadas.

Não respeitar as regras de formatação afeta sua nota final?

Sim. A formatação correta do trabalho é um elemento importante de avaliação e a identificação de erros ao longo do texto poderá ocasionar na diminuição da pontuação afinal. Também existe a possibilidade do trabalho não ser aceito pela Instituição de Ensino, caso esteja muito fora dos padrões estabelecidos.

Regras ABNT: quais são as principais para o seu TCC?

As regras ABNT afetam desde a fonte utilizada até a numeração para margens e organização do conteúdo. Confira abaixo os principais pontos para se atentar na hora de formular o seu artigo científico!

Regras ABNT: formatação de texto

De acordo com a NBR 14724/2011, as principais regras ABNT para formatação do texto e outros elementos visuais do trabalho, são:

Regras ABNT: elementos

Ainda de acordo com a NBR 14724/2011, o trabalho acadêmico deverá conter os seguinte elementos:

Regras ABNT: elementos (imagem extraída da NBR 14724/2011) 

A parte responsável por efetivamente organizar a sua pesquisa está contida especialmente nos elementos textuais. Essa organização canônica é bastante intuitiva e constantemente utilizada na formulação de redações ao longo dos anos escolares. Ainda assim, sempre é bom relembrar:

• Introdução: porção do texto onde você deverá apresentar a proposta e justificativa da pesquisa, bem como os métodos utilizados. Também é o momento de apresentar o seu argumento principal.
• Desenvolvimento:  é a efetiva apresentação de dados e informações que contribuam para o seu objetivo de pesquisa. Por isso, é também a parte mais extensa do trabalho.
• Conclusão: sintetiza todo os pontos explorados, os resultados e a conclusão final. Também é comum que se apresente algum tipo de possível proposta de solução para a questão em foco (caso se aplique).

Vale lembrar que, para artigos científicos, é comum que não sejam obrigatórios os elementos pré-textuais. Afinal, o texto é mais conciso e o material final costuma apresentar entre 10 e 12 páginas.

Assim, o que costuma se observar para formatação de artigos científicos no quesito de elementos pré-textuais, é:

• Título da pesquisa
• Autor ou Autores, acompanhados da Instituição.
• Resumo em português
• Resumo em inglês

Regras ABNT: outras especificações importantes

Para trabalhos mais extensos, como é o caso da monografia, a apresentação de um sumário é obrigatória. As especificações para esse elemento e estão contidas na NBR 6027/2012.

As citações e referências por outro lado, devem estar presentes tanto em monografias quanto em artigos científicos e são um elemento muito importante em trabalhos acadêmicos. Afinal, é comum utilizar outros trabalhos acadêmicos e pesquisas para fundamentar a sua argumentação. Nesse contexto, são reconhecidos 3 tipos de citações (NBR 10520/2002):

• Citação direta: é uma transcrição literal do trecho utilizado. Deverá ser realizada entre aspas e poderá ser inserida dentro do parágrafo caso apresente até 3 linhas. Ultrapassado esse limite, deverá ser apresentado em um parágrafo diferenciado, com recuo e fonte tamanho 10. Em citações diretas, é preciso citar o ano, autor e página de onde foi retirada. Exemplo: (2018, SOUZA, p. 24).
• Citação Indireta: é uma alusão ao pensamento realizado por outro autor, sem transcrição direta das suas palavras. Assim, o texto é inserido normalmente no parágrafo e a citação precisa conter apenas o ano e nome do autor. Exemplo: (SOUZA, 2018).
• Citação de citação: acontece quando você quer referenciar uma ideia de um autor que foi previamente baseada em outro autor. Assim, é preciso utilizar a palavra apud. Exemplo: vamos supor que você esteja utilizando o trabalho de SOUZA como base, mas o trecho que você queira referenciar tenha sido formulado a partir da ideia do autor MENEZES. Então, a citação ficaria: (2018, SOUZA apud Menezes).

Por fim, as referências são um dos elementos pós-textuais mais importantes nas regras ABNT, devendo apresentar todos os dados essenciais complementares para identificação da obra ou materiais utilizados. De modo geral, são redigidas da seguinte forma:

(SOBRENOME DO AUTOR, nome do autor. Nome da obra (em negrito). Edição. Local: Editora, ano)

Caso a sua fonte uma página da internet, por exemplo, o modelo poderá ser:

(NOME DO PORTAL OU AUTOR DO ARTIGO. Título do conteúdo. Ano. Disponível em: inserir link)

Mais especificações sobre referências poderão ser consultadas a partir da NBR 6023/2018.

Regras ABNT: como aplicá-las na prática?

Tendo as especificações em mãos, é possível fazer a formatação manual por meio do software Microsoft Word. Para facilitar esse processo, algumas Instituições de Ensino formulam templates editáveis. Assim, tudo que o aluno precisa fazer é preencher com as informações do seu trabalho. Esses modelos também servem para auxiliar na implantação de quaisquer outras regras de formatação específicas, não necessariamente idênticas às regras ABNT.

Analogamente, também existem muitos templates com as regras ABNT disponíveis para download na internet. Ainda que você opte por um utilizar um destes, é sempre importante ficar atento ao longo da redação do trabalho para garantir que as orientações estão efetivamente sendo seguidas e de que não houve qualquer erro.

Mas afinal, o TCC na pós-graduação é obrigatório?

Apesar de ser um trabalho obrigatório para cursos de graduação e pós-graduação stricto-sensu (mestrados e doutorados), a formulação do TCC não é mais obrigatória por lei para cursos de pós-graduação lato-sensu (especializações e MBAs). Dito isso, as Instituições de Ensino podem fazer dele um método de avaliação obrigatório para a conclusão específica dos seus cursos.

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