Gestão de Processos para a DATAPREV – Estratégia e Governança

Saudações concurseiras! Reta final da DATAPREV!! Agora vai!!!

Finalizando a “saga” iniciada para apoiar sua preparação em BPM para a DATAPREV, este post foca no perfil ESTRATÉGIA E GOVERNANÇA. Os candidatos aprovados neste perfil têm grande chance de vir a integrar o escritório de processos da DATAPREV.

No caso da DATAPREV, a unidade responsável pelos processos tem o nome de Escritório Corporativo, sendo uma “evolução” da anterior Coordenação-Geral de Projetos e Processos, atualmente responsável por indicar os padrões consagrados no mercado e as melhores metodologias para conduzir processos e projetos a resultados concretos.

Perceba que essa abordagem da DATAPREV está em linha com as melhores práticas preconizadas pelo mercado. Afinal, as organizações que empreendem a jornada dos processos devem considerar a criação de um Centro de Excelência em Gestão por Processos de Negócio / BPM Center of Excellence (CoE) para tratar de todas as questões relacionadas com Gestão por Processos de Negócio e seu desempenho.

Nesse sentido, algumas pesquisas tanto da Forrester como da Gartner enfatizam que as organizações de sucesso instituíram BPM CoEs para tratar de questões de desempenho de processos de nível corporativo – touché! 

Um BPM CoE pode ser composto por uma combinação de líderes executivos, chefes funcionais ou de departamento e os Donos dos Processos – para saber mais sobre os papeis em BPM, visite este meu post: https://blog.grancursosonline.com.br/papeis-em-bpm-na-orientacao-por-processos/ 

Sobre esse assunto, recentemente o CEBRASPE divagou sobre o tema, tentando confundir os candidatos. Vejamos essa questão da APEX, de 2022, que associa algumas atividades como o alinhamento entre as estratégias organizacionais e seu desdobramento para os subníveis, patrocínio de iniciativas de processos e priorização dos projetos como sendo de atribuição do CoE.

Nessa questão, a alternativa correta é a C, pois atividades de alinhamento, patrocínio (principalmente) e priorização extrapolam as funções tradicionais de um escritório de processos, abordando uma instância acima, entre as alternativas, o comitê gestor. Perceba que essas atribuições estão mais no nível de planejamento estratégico, sendo, portanto, atribuíveis a um comitê gestor, deliberativo ou até mesmo um conselho.

De acordo com o BPM CBOK 4.0, o Escritório de Processos é formado por uma equipa multifuncional, com uma estrutura organizacional formal, tarefas, papéis, responsabilidades e processos definidos para apoiar e promover a adoção metódica de BPM, o uso efetivo de BPM e a melhoria contínua em toda a Organização. 

Dentre as atividades do Escritório de Processos estão o desenvolvimento de uma biblioteca de padrões, metodologias e técnicas reutilizáveis para garantir o sucesso contínuo com projetos BPM e para minimizar o tempo e o esforço necessários para alcançar esses sucessos. Além disso, o BPM CoE ainda aborda a gestão do repositório de processos – para saber mais sobre repositório: https://blog.grancursosonline.com.br/repositorio-de-processos-de-bpm/ 

Esse viés de cobrança do CEBRASBE, sobre atribuições do BPM CoE, vem se repetindo ao longo do tempo, sempre inquirindo sobre as atividades do Escritório de Processos e se você consegue refletir sobre elas. Por exemplo, veja essa outra questão, para o MEC, de 2015.

Para você não escorregar nesta casca de banana, duas abordagens possíveis. Primeira, internalize o mantra: “o CoE serve para apoiar e promover a adoção metódica de BPM, o uso efetivo de BPM e a melhoria contínua em toda a Organização”. Qualquer outra coisa fora disso, seja relacionado a planejamento estratégico ou comando e controle dos gerentes de departamento, tende a estar errado!

A segunda abordagem parte para você perceber as atividades do BPM CoE, conforme a literatura especializada, que eu consolido na sequência (ressalva: a lista não é exaustiva, mas permite formar uma consciência):

• Criação e manutenção da visão e planos de BPM;
• Criação e manutenção da metodologia do ciclo de vida do BPM;
• Alinhamento estratégico com o negócio;
• Fornecer consistência de padrões de modelação de processos de negócio;
• Estabelecer e manter uma arquitetura de processos de negócio corporativo;
• Gestão da mudança no repositório de processos;
• Melhoria contínua dos processos existentes;
• Criar novas capacidades;
• Medição, métrica e benchmarking;
• Gestão geral das funções e responsabilidades do BPM;
• Formação em BPM:
  • Estabelecer um conjunto central de aptidões e competências;
  • Desenvolver formação para aptidões e competências em BPM;
• Seleção e utilização do software BPM;
• Gestão do portfólio de processos;
• Automatização e conformidade de processos;

Se você preferir uma abordagem visual, a imagem a seguir consolida as principais responsabilidades de um CoE.

Ufa! Com isso, fechamos nossa saga, apresentando as diferentes perspectivas de BPM conforme a cobrança do CEBRASPE, com o conteúdo direcionado aos perfis abrangidos pelo edital da DATAPREV. Com isso, você tem os elementos e o “guião” para se preparar da melhor forma possível para gabaritas as questões de BPM neste edital, conforme o cargo que você concorrerá!

Para fechar, ajuste seu cronograma de estudos nesta reta final e, nos tempos livres, “passe os olhos” em alguns dos meus posts aqui no Blog, onde detalho o BPM CBOK 4.0 (https://blog.grancursosonline.com.br/bpm-cbok-4-0/), o Ciclo de Vida BPM (https://blog.grancursosonline.com.br/bpm-cbok-4-0-o-ciclo-de-vida-bpm/), a notação BPMN (https://blog.grancursosonline.com.br/eventos_bpmn/, https://blog.grancursosonline.com.br/tarefas-na-bpmn/, e https://blog.grancursosonline.com.br/bpmn-gateways/).

Vamos juntos e conte comigo para apoiar a sua aprovação!

Bons estudos!

Fernando Escobar

Doutorando em Tecnologias e Sistemas de Informação pela Universidade do Minho, em Portugal, com pesquisas relacionadas a gestão de projetos/processos, transformação digital e blockchain aplicados ao setor público.

Mestre em Computação Aplicada pela Universidade de Brasília (UNB), com linha de pesquisa em Gestão de Riscos. Também possui Especialização em Gestão Pública pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).

Entre 05/2010 e 07/2016, como Servidor Público Federal, foi Analista em Tecnologia da Informação, vinculado à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

Desde 08/2016, é Servidor da Justiça Federal, do cargo de Analista Judiciário, especialidade Informática, do quadro do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1a Região.