Olhos de luz

Olhos de luz explora como a forma de enxergar o mundo pode iluminar ou obscurecer nossa jornada. Descubra como cultivar essa visão.

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“Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz.” É o que lemos em Mateus 6:22, e podemos extrair muito dessas palavras. O versículo fala da importância de ter uma visão, para além do que os olhos podem ver, clara e pura. A metáfora da candeia – ou lâmpada – refere-se à maneira como os olhos iluminam o corpo, simbolizando a percepção e a compreensão espiritual. Se uma pessoa tem um “olho bom”, ou seja, uma perspectiva correta e pura, todo o seu ser estará inundado de luz, representação da bondade e da verdade. A imagem é perfeita para ilustrar como a maneira de enxergar o mundo pode tanto iluminar o caminho quanto mergulhá-lo em sombras. 

A jornada para a realização de grandes projetos, como o ingresso no serviço público, assemelha-se a uma travessia noturna em que a maior fonte de luz disponível é aquela que carregamos no coração e que se reflete no olhar. Refiro-me ao olhar de quem sabe que a vitória é questão de tempo, ao olhar que lampeja determinação, ao olhar cujo brilho é de inconfundível coragem. No caminho até a aprovação, é esse tipo de olhar que devemos cultivar, um olhar que traduz uma visão generosa de nós mesmos e dos desafios à frente. 

O olhar descrito no versículo e que devemos buscar continuamente é do tipo que impacta todas as nossas ações. Isso se dá porque, quando os olhos conseguem perceber a beleza da jornada diária, a alma por trás de tantos sonhos e projetos se enche de luz, energia que usa para mover sua manifestação física, o “corpo”. No caso do concurseiro, isso se traduzirá em disposição para enfrentar mais um dia de estudo, que passa a ser visto como uma semente que, se bem cultivada, florescerá em conquistas. Em resumo, a ideia é manter os “olhos” desanuviados, livres de contaminação pelo pessimismo, para que a luz vinda da realidade alcance todo o nosso ser, transformando cansaço em força e dúvida em convicção.

Nem sempre será fácil, porém. Haverá momentos em que a escuridão a nossa volta se intensificará e os nossos olhos encontrarão mais dificuldade para enxergar além das adversidades. O psiquiatra Viktor Frankl viveu isso na pele, mas aprendeu algo valioso com a experiência. Sobrevivente do Holocausto, ele superou tamanho terror à base de muita resiliência. Mais tarde, resumiu: “Quando não somos mais capazes de mudar uma situação, somos desafiados a mudar a nós mesmos”.  Uma mensagem forte como essa faz refletir, não é? Quando a realidade ao redor parece desoladora, é a nossa luz interior que ilumina o caminho, oferecendo sentido e direção em meio à desesperança.

De fato, é a nossa própria lucidez que nos sustenta diante das maiores provações e nos recoloca no rumo certo. Essa compreensão, vale dizer, encontra eco na filosofia estoica, que ensina a cultivar uma perspectiva resiliente e orientada pela razão. Sêneca, um dos expoentes dessa escola filosófica, escreveu: “Não é porque as coisas são difíceis que não ousamos, mas porque não ousamos que elas são difíceis.” Essa ideia reforça a necessidade de manter os “olhos” voltados para a luz, desafiando as trevas do medo e da incerteza com a coragem de quem sabe que o poder está na maneira como enxerga o mundo.

Manter uma tal visão fulgente exige um exercício contínuo de reencontro com o que temos de mais puro. Trata-se de retirar das atribulações cotidianas uma centelha qualquer que alimente nossa chama interior, a qual, mesmo vacilante vez ou outra, jamais pode se apagar por completo. Eventualmente, o combustível para mantê-la acesa virá na forma de palavras de incentivo, de apoio; da companhia das pessoas certas, enfim, aquelas que refletem o brilho que desejamos ver no mundo. Cercar-se de gente assim é um ato de sabedoria, uma forma de proteger e fortalecer a brasa que nos impulsiona.

Os bem-sucedidos no intento de aclarar tudo a sua volta farão pelos outros tanto ou mais que fizerem por si próprios. Veja o exemplo dos ex-concurseiros entrevistados no nosso canal Imparável, no YouTube. Cada um deles encontrou uma fórmula que lhe serviu para atravessar as fases mais difíceis do projeto de se tornar servidor público. O resultado disso, além da aprovação? A inspiração para um sem-número de estudantes e profissionais que também escolheram o caminho do concurso público. É a conversão daquela frágil luz emanada de um olhar individual em um farol sólido e de longo alcance.

Amigo seguidor, amiga seguidora, somos todos guiados pela luz que carregamos em nosso interior e que extravasa pelos olhos. Cultive-a com determinação, mantendo o olhar fixo no que realmente importa e deixando que essa visão iluminada, esclarecida, conduza você em cada passo da sua jornada. Mesmo nas noites mais escuras, lembre-se de que o poder para dissipar as trevas está em você.

“Seus olhos são como uma lâmpada que ilumina todo o corpo. Quando os olhos são bons, todo o corpo se enche de luz. Mas, quando são maus, o corpo se enche de escuridão.” – Lucas 11:3

Gabriel Granjeiro

Presidente e sócio-fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há mais de 15 anos. É autor de livros e artigos que já foram lidos por mais de 1 milhão de pessoas e formou-se com honors em Administração e Marketing pela New York University Stern School of Business.

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