“Não diga que a vitória está perdida se é de batalhas que se vive a vida.” – Raul Seixas
O mundo está cada vez mais competitivo e nos impondo maior carga de afazeres dia após dia. É cuidar da saúde sem descuidar dos relacionamentos interpessoais; é lutar por nosso futuro profissional sem deixar de lidar com os problemas que insistem em surgir; é ser um pai ou uma mãe presente sem deixar de vigiar os próprios interesses e sonhos… Sentimos como se estivéssemos em uma guerra que se desdobra em sucessivas batalhas. Vencemos algumas, perdemos outras…
“Temos de escolher lutar aquelas cujos frutos sejam positivos; aquelas que proporcionem, em última instância, paz, felicidade, prosperidade.”
A vida é uma verdadeira luta, sim, e precisamos aceitar isso. Mas também precisamos aceitar este outro dado: não somos obrigados a participar de todas as batalhas que aparecerem em nosso caminho. Temos de escolher lutar aquelas cujos frutos sejam positivos; aquelas que proporcionem, em última instância, paz, felicidade, prosperidade.
Mesmo o maior exército do mundo dispõe de número limitado de soldados e recursos. Por isso, todo general que se preze sabe não ser possível lutar contra muitos inimigos ao mesmo tempo. Fora do meio militar, porém, a maioria das pessoas cometem o erro de querer enfrentar tudo e todos simultaneamente, o que, sem meias palavras, resulta em fracassos após fracassos.
Não seja uma dessas pessoas, amigo leitor. Você pode e deve evitar alguns tipos de batalhas:
1) Batalhas que não são suas;
Alguém já tentou convencê-lo a se afastar de um terceiro só porque um não era amigo do outro? Imagino que você tenha hesitado. Se sim, que bom. Não compensa envolver-se em jogos de intriga como esse. O que você tem a ganhar fazendo inimigos sem necessidade? Provavelmente nada, mas tem muito a perder: paz, energia e foco, pra dizer o mínimo. Faça um favor a si mesmo e deixe de ser ingênuo, caro leitor. Muita gente tem um só propósito na vida: arrastar para o buraco todos ao redor. Meu conselho não é no sentido de fechar os olhos para as necessidades dos outros, mas de refletir um pouco e avaliar se não seria hora de deixá-los resolver sozinhos os problemas. É cada um no seu quadrado. Você pode até orientar e oferecer algum conforto, mas não deve entrar com tudo no campo de batalha alheio e correr o risco de levar um tiro fatal.
2) Batalhas sem objetivo;
Infelizmente, é típico do ser humano entrar em brigas sem nem saber direito por quê. Às vezes, a intenção é apenas agradar; outras, a ideia é provar que estava certo o tempo todo. Quem nunca presenciou grupos de pessoas discutindo feio por algo que, na prática, não levará a lugar nenhum? Temos de respeitar nossos limites e comprar as brigas certas. De vez em quando o melhor a fazer é ficar em silêncio, tentando simplesmente entender a opinião dos outros. E haverá situações nas quais bom mesmo é deixar pra lá, ainda que, do alto da nossa sabedoria, estejamos seguros de termos a mais absoluta razão. Não vale a pena investir esforço na luta contra monstros imaginários, fantasmas, problemas que existem exclusivamente no campo assustado da nossa mente.
3) Batalhas que ferem seus princípios.
Não entre em batalhas com cujos propósitos você não compactua. Ora, meu amigo, minha amiga, nenhum comandante lidera uma batalha se não acredita nos valores ali envolvidos. Você é o comandante da sua vida; se não confia que tomou a decisão certa ao ingressar em uma luta, está condenado a perder a guerra. Saia dessa o quanto antes!
Se há batalhas inúteis e dispensáveis como essas, há outras que devem ser, sim, opção de quem almeja grandes conquistas. Reserve sua energia para as batalhas valorosas, aquelas destinadas a render bons frutos. No fim, amigo, é a saúde, a família e o bem-estar que importam. Vale destacar, é muito difícil conseguir qualquer coisa sem, antes, muita luta. Princípios, valores e caráter devem, portanto, estar na base de tudo, fortalecendo você nessa dura jornada. Se sua luta não for pra valer, com convicção e as armas certas, você pode perder o rumo. É preciso brigar mesmo, com todos os instrumentos disponíveis, concretos e metafísicos. Por isso é tão importante contar com a fé. Jamais despreze a ajuda divina. Quando Ele quer, não há quem impeça.
E não se engane: o processo pode ser um tanto doloroso. Para prevalecer aquilo em que você acredita, a luta pode significar, por exemplo, indispor-se seriamente com algumas pessoas. Mesmo pessoas queridas. Nessa de escolher bem as batalhas, talvez também seja necessário se afastar de gente que só semeia ódio. Pessoas assim confundem com valentia o que é apenas impulsividade, açodamento, precipitação. Cuidado! Fique alerta para avaliar o que deve ser tolerado e o que deve ser combatido, começando por mudar os pensamentos negativos, não se deixando levar tanto pelas emoções. Você precisa estar acima do rancor, da pequenez humana, da ausência de valores.
“Decidiu lutar para passar em concurso público? Essa é uma guerra que indiscutivelmente vale a pena, desde, é claro, que esteja muito claro em sua mente o objetivo dessa empreitada. Do contrário, você tem tudo para se cansar e desistir no campo de batalha.”
É certo que – não importa o grau de amadurecimento, de preparo e de sabedoria –, ninguém consegue, evitar certos tipos de briga. Todos nós estamos sujeitos a fazer inimigos, a nos tornarmos vítimas de fofoqueiros e a nos envolvermos em situações difíceis de resolver. Quando isso acontecer, será a própria pessoa que terá de decidir o tempo certo de desatar os nós e enfrentar a batalha, dando o melhor de si. De minha parte, prefiro errar por haver tentado ao arrependimento e vergonha por não ter lutado a batalha que julguei ser oportuna, necessária e nobre. Decidiu lutar para passar em concurso público? Essa é uma guerra que indiscutivelmente vale a pena, desde, é claro, que esteja muito claro em sua mente o objetivo dessa empreitada. Do contrário, você tem tudo para se cansar e desistir no campo de batalha.
“Para resumir, concurseiro, se há um segredo para se viver bem, é evitar batalhas absurdas e tentar ser o mais compreensível possível com os outros.”
Para resumir, concurseiro, se há um segredo para se viver bem, é evitar batalhas absurdas e tentar ser o mais compreensível possível com os outros. Afinal, eles também estão lutando pela sobrevivência e contra os demônios particulares. Lembre-se: saber o que não fazer é tão importante quanto saber o que fazer. Ninguém vence a guerra da vida fazendo tudo ao mesmo tempo. Vencer a batalha contra o tempo é essencial para ganhar na guerra da vida. Sabedoria é, portanto, eleger algumas lutas e priorizá-las, organizando-se para se entregar a cada uma no tempo certo, aceitando e respeitando as próprias limitações. Na semana de lives que realizei semana passada, no Instagram, a querida professora Kátia Lima disse algo que vale a pena reproduzir aqui: “Você não vai ser 100% em tudo. Gestão de tempo também é, muitas vezes, gestão de culpa.”
Então é isto: escolha suas batalhas e lute com toda a força que encontrar dentro de si. Carregue no peito uma boa dose de coragem, outra de otimismo e uma de fé. Você não terá nada a temer.
Eu já escolhi as minhas batalhas e estou devidamente munido de armadura, coragem e bravura. E você?
Se concorda com esta mensagem, registre nos comentários: “Escolhi as minhas batalhas!”
“Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer.” – Mahatma Gandhi
PS: Siga-me (moderadamente, é claro) em minha página no Facebook e em meu perfil no Instagram. Lá, postarei pequenos textos de conteúdo motivacional. Serão dicas bem objetivas, mas, ainda assim, capazes de ajudá-lo em sua jornada rumo ao serviço público.
Mais artigos para ajudar em sua preparação:
-
- Acabe com o vitimismo antes que ele acabe com você
- Coração de REI
- Acomodação é morte!
- Como mudar – quando a mudança é difícil
- Como gerenciar melhor o seu tempo
- Pare de se comparar com os outros
- Como ser IMPARÁVEL?
- Vou EXPLODIR. O que faço?
- Como desviar da autossabotagem
- Elimine o SE da sua VIDA
- Como lidar com notícias ruins
- Como lidar com pessoas difíceis
- Acabe com seu plano B
- O que FAZER quando NÃO se sabe o que FAZER?
- PARE de reclamar!
- O que você está esperando?
- Estou de saco cheio. E agora?
Gabriel Granjeiro – Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há mais de 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.
Comentários (61)