“Para conseguir ser quem você é, você precisa estar disposto a se livrar de quem você pensa que é.” – Michael Singer, autor best-seller
Você conhece a expressão popular “dar murro em ponta de faca”? Ela remete a um comportamento que se caracteriza pela teimosia em continuar fazendo algo que evidentemente não dará certo, não trará resultados, não tem futuro. Para quem dá murro em ponta de faca, não importa o cenário, a frustração é garantida. Se persistir com essa conduta, o máximo que a pessoa conseguirá será um grave ferimento na mão.
Dar murro em ponta de faca é dedicar-se a algo que dá muito trabalho e pouquíssimo ou nenhum resultado. É, por exemplo, insistir em um relacionamento no qual não há mais amor. Terminou, nada pode ser feito, a não ser dizer adeus e seguir novos caminhos, mantendo ao menos o respeito pelo antigo parceiro. Outro exemplo é entregar-se a uma amizade que envolve comprometimento e doação de apenas uma das partes. O outro lado não dá o devido valor ao amigo, não faz por ele nem metade do que recebe. Dificilmente essa relação trará algo de positivo; tudo indica que não compensa insistir nela.
O certo é que você, eu, nós temos de viver a vida atentos aos nossos instintos. Precisamos de vez em quando ouvir o nosso coração em busca da verdade, por mais dura que seja. Nossa consciência tem plena capacidade de nos dizer quando é tempo de lutar e quando é hora de desapegar, soltando as âncoras que nos puxam para baixo e inibem nosso livre navegar. Perceba, meu amigo, minha amiga, que não se trata de desistir, e sim de virar a chave e agir diferente, visando algo melhor.
Então, PARE DE DAR MURRO EM PONTA DE FACA!
Calma. Não estou gritando com você. O negrito e a caixa-alta acima têm uma razão de ser: a frase destacada corresponde ao título de um livro de autoria do psiquiatra e palestrante Roberto Shinyashiki, que servirá de inspiração para nossa conversa de hoje.
Eis aí uma obra cuja leitura recomendo. Dr. Shinyashiki é um craque, um grande mentor que inspira muita gente, de celebridades, atletas e líderes a colaboradores e pessoas comuns como você e eu. Ele ensina a conquistar sucesso e promover significativas transformações nos negócios, na carreira, na vida. É claro que, ao recorrer às lições dele, não vou reinventar a roda. Farei apenas uso da experiência e sabedoria de alguém que conta mais de quatro décadas ajudando pessoas a se livrarem de angústias e indecisões e a se tornarem imparáveis.
Sejamos francos: quem nunca deu murro em ponta de faca, insistindo em caminhos que não levavam a lugar algum e de repente se vendo em um beco sem saída? Seja na esfera familiar, com seus típicos dramas, seja enfrentando problemas mais concretos, como uma crise financeira, todas as dificuldades parecem impossíveis de superar num primeiro momento, não é mesmo? Entretanto, quando fazemos uma autorreflexão em busca de enxergar onde, exatamente, estamos dando o tal murro em ponta de faca, os laços vão se desatando e tudo vai se tornando mais administrável.
Segundo o Dr. Shinyashiki, é esse momento de lucidez que nos permite atingir o “ponto de não retorno”, ou seja, o preciso instante em que perdemos a capacidade de voltar atrás e retornar ao que costumávamos ser. Esse é o ponto de inflexão na vida de qualquer pessoa, aquele segundo em que tudo fica mais claro e as decisões mais simples (embora não necessariamente fáceis). “Quando você descobre que é maior do que a situação que está vivendo, tudo fica mais claro, e você busca tomar uma atitude perante a sua vida”, resume o médico.
“Você, concurseiro, dá murro em ponta de faca quando insiste em estudar com a técnica errada, se recusa a elaborar um bom plano de estudos e não busca orientação adequada nem aproveita as facilidades que uma boa plataforma de EAD oferece.”
Você, concurseiro, dá murro em ponta de faca quando insiste em estudar com a técnica errada, se recusa a elaborar um bom plano de estudos e não busca orientação adequada nem aproveita as facilidades que uma boa plataforma de EAD oferece. Perde tempo demais enxugando gelo quando se dedica a questionar a banca examinadora, deixa de traduzir o edital, abdica de levar uma rotina de operário dos estudos e cede muito rápido a pequenas tentações. Dá uma de teimoso quando fura a rotina de estudos, convencido de que conhece bem as matérias básicas do programa só porque estudou português, inglês e matemática na escola ou porque lida com a informática desde que se conhece por gente.
Você também dá murro em ponta de faca quando espera comportamento diferente de alguém que você sabe que não vai mudar. E está sendo igualmente teimoso quando não para de reclamar a respeito de algo que sempre foi do jeito que é. Adianta reclamar por reclamar? Você dá murro em ponta de faca, principalmente, quando faz uma prova esperando ser aprovado sem ter se preparado adequadamente. Dá murro em ponta de faca, ainda, quando mais tarde sai falando que concurso público não é para você. Honestamente, faz algum sentido isso?
Ignorar o que lhe diz sua alma, rejeitar o compromisso com o projeto de estudos e desprezar o valor da elaboração por escrito de um planejamento são alguns dos fatores que tornam a vida do concurseiro mais difícil, impedindo-o de avançar na lista de aprovados e classificados nos certames. Quem não tem base sólida, não cresce. As árvores mais altas são aquelas que têm raízes mais profundas. Pense nisso.
“O que você fez até hoje já se tornou parte de você e deve, de agora em diante, servir de experiência para ajudá-lo a não cometer os mesmos erros. Trata-se de bagagem fundamental que o ajudará a PENSAR nos problemas, a buscar SOLUÇÕES para eles, a TOMAR DECISÕES.”
E então, amigo leitor, identificou-se com alguns desses comportamentos, típicos de quem gosta de dar murro em ponta de faca? Tudo bem. O que você fez até hoje já se tornou parte de você e deve, de agora em diante, servir de experiência para ajudá-lo a não cometer os mesmos erros. Trata-se de bagagem fundamental que o ajudará a PENSAR nos problemas, a buscar SOLUÇÕES para eles, a TOMAR DECISÕES. Há, portanto, que respeitar essa herança que legou a si mesmo, se o que você pretende é evitar dar murro em ponta de faca continuamente.
Não há nada de errado em aceitar essa bagagem como fonte de ensinamento. Temos um problema, sim, quando levamos os “defuntos” do passado, as tragédias pessoais, os momentos ruins e as pessoas que nos são nocivas para nossa nova vida, deixando que contaminem essa outra fase. O risco é permitir que essas IDENTIDADES nos definam. Pior ainda é nos conFUNDIRMOS com elas. Ficar preso ao passado é permanecer parado no meio do caminho até desistir de vez dos sonhos.
Há quem “queira” o mundo mesmo sem saber o que quer de verdade. Há pessoas gulosas demais que, por não saberem escolher bem o alimento, morrem desnutridas. Escolher, meu caro, significa parar de dar murro em ponta de faca. Significa seguir em frente. Anote aí: quem não ouve o próprio coração toma as piores decisões. E quem não sabe decidir fica patinando, patinando, rodando em círculos ou se afastando cada vez mais do que verdadeiramente interessa, do que tem importância e traz sentido à vida. Já quem sabe o que quer consegue mergulhar de cabeça e com total comprometimento em seu projeto de vida, tomando as melhores decisões e avançando para os níveis seguintes.
O Dr. Roberto Shinyashiki ensina três passos para construirmos o mapa da nossa nova vida e pararmos de dar murro em ponta de faca:
- O primeiro consiste em limparmos as influências negativas do passado, conscientes de que vínhamos dando murro em ponta de faca, vivendo uma vida que não era a nossa. É importante decidir parar e/ou alterar o plano de voo.
- O segundo é imaginarmos pelo menos três cenários diferentes do nosso e representá-los em uma folha de papel, fazendo um desenho. É imprescindível, aqui, escutarmos nossa alma e trazermos para o nível da consciência o impacto que desejamos causar no mundo e nas pessoas.
- No último passo, definimos o objetivo central da nossa nova vida. Ponha no papel, concurseiro, a imagem da carreira que você julga ideal e comece imediatamente a trabalhar para torná-la acessível.
Lembre-se: você pode ser como um pássaro – uma águia –, mas, enquanto estiver apegado ao que foi no passado, continuará sendo apenas mais uma pipa presa por uma linha, tendo SEMPRE de ceder aos recorrentes puxões de quem está no controle e impede você de se desprender e… voar. Rompa o fio. Só assim você voará ALTO e LONGE. Só assim, conseguirá enxergar o que a vida lhe reserva. VOE. Mãos à obra! Aos estudos!
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Gabriel Granjeiro – Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há mais de 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.
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