Como se manter forte diante das adversidades

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06 de abril5 min. de leitura

“Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles em que lutaste.” – Sigmund Freud (1856-1939), médico psiquiatra

Em recente live com a professora Geilza, no meu Instagram, falamos sobre como se manter forte neste momento de isolamento social. O papo foi tão legal que decidi trazer para este espaço do blog lições extraídas dessa conversa combinadas com o que aprendi em minha vivência pessoal. Entendo que, em tempos difíceis, precisamos nos fortalecer e percebo que a maioria de nós até sabe disso, mas a pergunta que fica é: como? Continue lendo, que pretendo ajudar você a descobrir.

Pense um pouco e responda: quais características têm em comum homens e mulheres de biografia notável? A resposta mais provável é: coragem e força de vontade. E o que os compele a um comportamento destemido e resiliente? Respondo sem medo: em regra, é o confronto com novos desafios. Por alto, nove entre dez relatos de indivíduos inspiradores envolvem dificuldades concretas que despertam dons e talentos até então desconhecidos. Afinal, a incerteza é a regra, e sempre haverá tempestades. O que faz a diferença é a forma como resolvemos enfrentá-las. Não à toa, a professora Geilza defende – e eu concordo com ela – que desenvolvemos virtudes como bravura e determinação apenas em momentos de turbulência. O raciocínio é simples: como ser ousado e cheio de propósito tendo só certezas, sem nunca ser surpreendido por algo desafiador?

Nas palavras do escritor e filósofo Mario Sergio Cortella: “Não é a morte que me importa, porque ela é um fato. O que me importa é o que eu faça da minha vida enquanto a morte não acontece, para que essa vida não seja banal, fútil e pequena.” É isso! Tratemos de aproveitar cada obstáculo em nossa trajetória para construir algo que valha a pena, pois não adianta ficar lutando contra fatos. Eles são o que são. A nós, cabe sermos realistas e administrarmos nossas frustrações e temores.

Nem por isso devemos ceder à derrota. Na verdade, há muitas ações que podemos adotar para nos fortalecermos em períodos difíceis como o que estamos atravessando. A seguir, veremos algumas:

1. Aceite a situação como ela é.

A fortaleza da mente, a resistência do corpo e a iluminação da alma resultam da clara percepção da conjuntura. Somente com absoluta ciência do nosso contexto estaremos aptos a elaborar formas de enfrentamento e atuar com coragem e equilíbrio. É natural que, no caminho, experimentemos as fases do luto descritas por Elizabeth Kubler-Ross. Passaremos pela negação, pela raiva, pela barganha e pela depressão ou tristeza antes de chegarmos à aceitação. Pode-se até acelerar o processo entre uma fase e outra, mas, para isso, é preciso ter consciência de cada uma delas e compreender, por mais difícil que seja, que não adianta teimar contra a realidade. Veja o momento atual: estamos no meio de uma pandemia, o isolamento social é a recomendação dos órgãos de governo e de organizações internacionais, e não há nada que possamos fazer para mudar isso. Numa circunstância como essa, tudo que podemos fazer é pôr os óculos da verdade e olhar para os fatos com otimismo e objetividade, acolhendo-os como são e focando em resolver apenas o que temos sob o nosso controle.

2. Faça as pequenas coisas do dia a dia encarando-as como um dever, não um martírio

Diferentemente do que muitos pensam, um grande sucesso corresponde à soma de muitas pequenas ações levadas a cabo ao longo de certo tempo, com constância. Está longe de ser resultado de uma única tacada de mestre. Pode ter certeza: o ponto de virada só vem depois de muita ralação. Demora anos para fazer sucesso “da noite para o dia”. Como diz o neurocientista Pedro Calabrez, “a constância é muito mais importante do que picos de dedicação”.

Em termos práticos, como você pode ir galgando pouco a pouco seu lugar no palco dos bem-sucedidos? Comece elaborando uma lista de tarefas e executando uma de cada vez. Mire um objetivo no futuro, claro, mas concentre-se no que que tem de fazer no presente e use o passado como uma biblioteca de aprendizado, um lugar de consulta, jamais como moradia. Outra dica é oferecer a si mesmo pequenas recompensas a cada meta batida: uma taça de vinho, uma comida especial, um episódio da série favorita… Você merece.

3. Mude a sua percepção sobre os desconfortos naturais da vida.

A professora Geilza resumiu bem, em nossa live: “Não conseguimos crescer pessoalmente se algo não dói dentro de nós”. O incômodo precede o crescimento. Compare com o que acontece no corpo humano quando começamos a malhar: para desenvolvermos massa magra, precisamos sofrer na academia. E não estou dizendo isso no sentido metafórico. Se você não sabe, os treinos de musculação causam microlesões nos músculos, e é no processo de regeneração que eles se tornam maiores e mais fortes. Acredite em mim: fica mais fácil suportar as dores e continuar treinando quando você descobre isso. O mesmo vale para os outros “treinos” da vida. A dor é uma necessidade, e é transformadora!

4. Tenha CERTEZA do que você quer.

Muitos afirmam querer passar em concurso, mas será que querem mesmo ou dizem isso da boca pra fora? Quem quer mesmo faz das tripas coração para conseguir. Quem quer de verdade segue em frente mesmo sem apoio. Quem quer pra valer não inventa desculpas; encontra soluções. Então pense bem – e lembre-se: não há resposta certa ou errada – sobre o que você quer. O momento atual é oportuno para esse tipo de reflexão.

5. Atente para os tesouros que estão dentro de você.

Vou contar uma breve história que li em “O Poder do Agora”, de Eckhart Tolle:

Por mais de trinta anos um mendigo ficou sentado no mesmo lugar, debaixo de
uma marquise. Até que, um dia, uma conversa com um estranho mudou sua vida:
– Tem um trocadinho aí pra mim, moço?
– Não, não tenho – disse o estranho. O que tem nesse baú debaixo de você?
– Nada, isso aqui é só uma caixa velha.
– Nunca olhou o que tem dentro? Dá uma olhada – insistiu o estranho, antes
de ir embora.
O mendigo resolveu abrir a caixa e mal conseguiu acreditar ao ver que o velho
caixote estava cheio de ouro.

Qual é a moral? Em períodos difíceis como este, trate de olhar dentro de si buscando a radiante alegria do seu Ser, o seu tesouro guardado, sua força, infinitamente maior do que qualquer coisa oferecida ou imposta pelo mundo. Às vezes, nossas maiores riquezas estão guardadas debaixo do nosso nariz e não percebemos. Pois bem. Serei o seu estranho, e meu conselho é: abra o seu baú. O maior tesouro que você tem é, sem a menor dúvida, a vida, mas pode ser que haja outros “itens” valiosos em sua caixa. Talvez você esconda em seu interior talentos, qualidades e potenciais que, agora, diante das sérias adversidades que está enfrentando, fiquem mais visíveis. Reflita sobre isso.

Sigamos, juntos, encarando com coragem e força de vontade os infortúnios e usando as pedras do caminho para construir os degraus da escada que nos conduzirá ao nosso destino. Saiba que nem sempre será plena a felicidade na jornada, mas, ao final, tudo terá valido a pena.

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“Existe apenas um canto do Universo que você pode ter certeza de aperfeiçoar, que é você mesmo.” – Aldous Huxley (1894-1963), escritor inglês

 

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Gabriel Granjeiro – Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há mais de 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.

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