Quase ninguém valoriza o tempo como deveria; praticamente todos nós o gastamos com pouca parcimônia. Esquecemos que somos mortais e simplesmente levamos a vida como se fôssemos viver para sempre. Até percebermos que não vamos. A realidade é que nosso tempo aqui é finito e, recentemente, vimos essa dura verdade com o falecimento do mais brilhante dos futebolistas de todos os tempos: Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.
Pelé era um gênio dentro de campo. O dono do título de melhor atleta do século XX¹reinventou o futebol, forçou a defesa dos times adversários a melhorar muito a fim de detê-lo, aperfeiçoou o lance conhecido como “bicicleta” e encerrou a carreira com mais de 1.200 gols. Como empreendedor, criou uma das marcas mais conhecidas do mundo. Talvez tenha falhado como ser humano, mas quem não errou feio algum dia ou tem um monte de defeitos que desagradam as pessoas em geral? Não cabe a mim julgar, até porque não é de erros, de falhas, de fracassos que quero falar aqui, mas de vida, de sucesso e de disciplina.
Aos 82 anos de idade, Edson se foi. Pelé, o Rei do Futebol, contudo, ficará sempre entre nós como o maior de todos. Conhecido como um talento nato, cabe destacar que Pelé era dotado de uma disciplina impressionante: de manhã treinava na areia, com o intuito de ganhar força e agilidade; de tarde treinava com o seu time e de noite treinava mais um pouquinho. E dizia: “O sucesso não acontece por acaso. É trabalho duro, amor pelo que você está fazendo ou aprendendo a fazer. A prática é tudo.”
Edson não ignorava a própria finitude. Viveu como verdadeiro mortal ante tudo o que temia, mas como imortal em relação a tudo o que desejava. Sua trajetória me faz refletir como é importante termos consciência de nossa mortalidade para não nos esquecermos de nossos propósitos e seguirmos preenchendo nossos anos com experiências grandiosas de forma pensada. Tudo a fim de que, quando chegado o dia de partir, não sejamos tomados pelo arrependimento em função de algo que tenhamos deixado de fazer.
Certa feita, Pelé disse que “no futebol, assim como na vida, precisamos olhar para frente e ponderar sobre nossos próximos movimentos constantemente”. De fato, o maior talento do Rei era a extraordinária visão que ele tinha de tudo que estava acontecendo em cada centímetro do campo. Era essa capacidade tão dele que lhe permitia projetar o melhor lance; era o que o fazia simplesmente saber se seria melhor passar a bola para algum companheiro de time ou arremessá-la – com o pé, com o ombro, com o peito, com a cabeça… – direto para o fundo da rede. Não importava se o gol seria marcado “com categoria” ou com a canela; afinal, o único gol feio que existe é o perdido por excesso de preciosismo. Vale para tudo na vida: feio é perder uma oportunidade.
Mas não pense que essa habilidade tão peculiar simplesmente nasceu com o Rei. Nada disso. Foi à custa de muita disciplina e de muitos treinos que ele desenvolveu seus maiores talentos em campo. Dentre os seus muitos legados, portanto, um se destaca: o reconhecimento do poder do hábito. A história de Edson ensina que o segredo do sucesso é adotar como regra fazer a coisa certa, em rotinas bem-planejadas, tudo à base de persistência.
A recompensa de quem tem disciplina como teve Pelé é a realização, tanto pessoal, como profissional. Mas há algo mais, que por vezes passa despercebido: a disciplina também simplifica a vida. A rotina torna tudo menos complicado, na medida em que automatiza ações e condiciona comportamentos. É assim com o atleta, com o colaborador, com o estudante, com o operário: quando uma prática se torna habitual, todos precisam de menos esforço para mantê-la. Só não vale tentar buscar o impossível, porque quem insiste nisso acaba desistindo, frustrado e resignado.
Que Deus receba o Rei Pelé, e que nós, em nossa mortalidade, saibamos usar o poder da disciplina inspirados nesse que, com rara habilidade, o fez.
Feliz ano novo para você, caro leitor e querida leitora. Que resultados extraordinários venham ao seu encontro em 2023. Sigamos juntos, com disciplina e amparados em hábitos poderosos, fazendo a coisa certa, do jeito certo, em direção ao sucesso, igualmente certo.
“Muita gente acha que craque é aquele que faz muitos gols. Mas craque é um jogador que pode fazer de tudo em campo: dar passes, motivar os companheiros e transmitir-lhes confiança. É alguém que, quando uma equipe não está bem, torna-se um dos líderes.” – Edson Arantes do Nascimento (1940-2022)
¹Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/pele-foi-considerado-um-dos-100-maiores-herois-e-icones-do-seculo-20/. Acesso em: 1º jan. 2023.
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