“Lutar sempre; vencer às vezes; desistir jamais.”
O dito popular que inspira o título do artigo desta semana costuma ser reproduzido com algumas variações. Para alguns, a frase original é: “Quando Deus fecha uma porta, abre uma janela”. Para outros, é: “Quando o mundo fecha uma porta, Deus abre outra”. Uma terceira versão ensina: “Quando o mundo fecha as portas e as janelas, Deus derruba as paredes”.
Não importa muito qual é a frase correta; o que importa, de fato, é que às vezes ficamos tão frustrados pela oportunidade perdida e tão preocupados em amaldiçoar o mundo inteiro por isso, que só temos olhos para observar, cheios de autopiedade, a porta que se fechou. Quando isso acontece, ficamos tão cegos que não conseguimos enxergar a nova porta – ou janela – que se abriu ali ao lado. Simplesmente, somos incapazes de ver as novas oportunidades que surgem após as muitas decepções normais da vida.
“Essas pessoas, tão inspiradoras para nós, souberam extrair as lições de um momento de fracasso e corrigiram seus planos e objetivos para chegar aonde nunca – nem em sonho – haviam se imaginado antes.”
Você que nos acompanha neste espaço sabe que já publicamos inúmeros artigos sobre superação (Leia AQUI) e resiliência (Leia AQUI). Não nos cansamos de trazer o exemplo de pessoas (Leia AQUI), entre alunos, professores e celebridades, que aproveitaram um limão que receberam do mundo para fazer uma bela limonada. Essas pessoas, tão inspiradoras para nós, souberam extrair as lições de um momento de fracasso e corrigiram seus planos e objetivos para chegar aonde nunca – nem em sonho – haviam se imaginado antes.
Lembremo-nos, por exemplo, da história de Chris Gardner. O homem que foi fonte de inspiração do filme “À Procura da Felicidade” é hoje um empresário famoso e respeitado. Mas não foi sempre assim. Depois de ser abandonado pela esposa, ele se viu desempregado e despejado. Para piorar, a mulher o deixara com o filho de seis anos de idade, que teve de se submeter a morar na rua com o pai. Diante de tantas adversidades, Gardner podia ter simplesmente desistido. Mas perseverou.
Ele enxergou uma nova porta ao travar um rápido diálogo com o funcionário de uma grande corretora. A empresa estava em busca de um novo estagiário, e nosso personagem decidiu entrar na disputa e ir à procura da felicidade. No fim, Chris conseguiu migrar da condição de morador de rua para a de milionário. Perceba que a vida fechou várias portas para ele, mas toda essa frustração foi transformada em motivação para que ele lutasse por uma vida melhor de verdade. Se ele não tivesse atingido o fundo do poço, talvez nunca perseguisse – e alcançasse – o patamar a que chegou. Se a mulher não o tivesse deixado com um filho pequeno para criar, talvez tudo continuasse como antes: Chris Gardner como mais um vendedor de equipamentos médicos e preso a um matrimônio infeliz. Contamos essa saga em detalhes em um dos nossos artigos. Vale a pena ler de novo AQUI.
A história de Walt Disney foi outra que tinha tudo para dar errado. O homem que revolucionou a indústria do entretenimento era filho de um pai pobre e agressivo. Com isso, a família saiu de casa na primeira oportunidade que surgiu. Walt viveu parte de sua infância em uma fazenda, no meio de animais que mais tarde serviram de inspiração para a criação dos seus personagens e animações. Cursou arte por correspondência, mas, considerado sem talento, não conseguiu emprego nenhum como ilustrador. As primeiras portas haviam se fechado para ele.
Desempregado, Walt não teve alternativa senão abrir uma empresa na qual pudesse fazer carreira. Foi um início de muitos fracassos. Disney não tinha dinheiro nem para comprar comida. O resto da história nós conhecemos bem. Assim como ocorreu com Chris Gardner, também para Walt Disney a vida foi bem dura e o obrigou a empreender. Se ele tivesse conseguido um bom emprego logo no início da carreira, talvez não existisse hoje o império Disney.
As histórias de superação não param por aí. Não podemos deixar de citar a de Oprah Winfrey, a apresentadora cuja fama transcende as fronteiras do seu país. Para se tornar bilionária e a todo-poderosa da tevê norte-americana, Oprah precisou superar a infância marcada pela pobreza e pelo pesadelo de ter sido abusada sexualmente por membros da própria família.
A história da apresentadora é semelhante à dos outros dois homens mencionados aqui, hoje. Oprah chegou a ser demitida do primeiro emprego por ser considerada muito emotiva para os padrões da televisão. No entanto, em vez de desistir da carreira, ela notou as outras portas que se abriram em sua vida, até se tornar a celebridade de televisão mais bem remunerada do mundo.
A esta altura, você deve estar pensando que casos como esses estão muito distantes da sua realidade de trabalhador brasileiro. Bom, então vejamos alguns exemplos bem mais próximos de nós, como os dos professores Weslei Machado, Felipe Leal e Aragonê Fernandes. Hoje, eles são ocupantes de cargos cobiçadíssimos: Weslei é promotor de justiça; Felipe, delegado da Polícia Federal; e Aragonê, juiz de direito. Em comum, além de contribuírem com seu conhecimento aqui, no Gran Cursos Online, todos eles enfrentaram portas fechadas ao longo da vida e da carreira.
Weslei Machado, especialista do Gran Cursos Online em Direito Eleitoral e Regimentos, tinha certeza de que havia sido aprovado no concurso para o Banco Central em 2006, pois acertara mais de 90% das questões da prova. Contudo, quando o resultado do concorrido certame saiu, ele soube que ficara fora do número de vagas. Pensou em desistir de estudar para concurso, mas, por causa da família, tentou de novo. Pouco depois, ainda em 2006, se viu aprovado no concurso para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ali, exerceu o cargo de analista judiciário por quase dez anos.
Um detalhe digno de nota: se o professor Weslei tivesse ingressado no Banco Central, teria se mudado para Belém do Pará. Assim, ao mesmo tempo teria ficado longe da família e dificilmente teria construído a sólida carreira como professor de Direito Eleitoral para concursos, já que foi o cargo no TSE que lhe abriu excelentes oportunidades na esfera profissional. Recentemente, o professor foi além e conquistou a aprovação no concurso de promotor de justiça do estado do Amazonas, cargo que exerce atualmente. Perceba: o destino fechou uma porta com a reprovação no Bacen, mas abriu outra MUITO melhor com a aprovação no concurso do TSE.
O professor Felipe Leal, nosso mestre de Direito Penal e de Direito Ambiental, também sofreu uma grande decepção que acabou produzindo um resultado positivo mais tarde. Em 2004, apesar de toda a dedicação que dispensou à preparação para o concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele foi reprovado. Naturalmente, veio a tristeza, mas ela não o paralisou. No dia seguinte ao da notícia da reprovação, Felipe retomou os estudos. Dois anos depois, foi um dos aprovados no concurso para delegado da Polícia Federal, cargo que era, de fato, o dos seus sonhos.
Ele confessa que, caso tivesse sido nomeado para a PRF, dificilmente teria mantido o ritmo de estudos adequado para ser aprovado no concurso de delegado federal, pois trabalharia em horário integral e na fronteira do Brasil. Com certeza, ele não poderia contar com o suporte familiar, algo que foi essencial para o bom desempenho no concurso para delegado. Como se vê, o caso dele é mais um em que a vida surpreendeu com boas notícias, a despeito de uma grande frustração momentânea.
Por sua vez, o professor Aragonê, unanimidade em Direito Constitucional e juiz de direito do TJDFT, já relatou sua incrível história de superação em nosso blog (confira AQUI o seu depoimento). Mesmo assim, vou resumir uma passagem da vida dele que, em especial, sempre me chamou a atenção. Em 2007, após um ano de estudo intenso, o então concurseiro foi eliminado no certame para analista judiciário do TST. O motivo que o levou a isso foi bem bobo: ele havia esquecido no bolso a chave do carro (com o controle remoto do alarme embutido). Quando o fiscal passou o detector de metais, o candidato foi flagrado e, em obediência às regras estabelecidas no edital, eliminado do concurso.
É claro que esse infortúnio o abalou por algum tempo, mas o nosso mestre logo retomou os estudos. Pouco depois, participou de concurso para o mesmo cargo, desta vez para o Supremo Tribunal Federal (STF). Aprovado e nomeado, logo na primeira semana de exercício foi convidado para ser assessor de ministro do Superior Tribunal de Justiça, o que dobrou a sua remuneração. Se tivesse sido aprovado no concurso do TST, certamente Aragonê não teria se inscrito para o concurso do STF, já que os vencimentos nos dois tribunais são idênticos, e, como era impossível adivinhar que receberia o convite para se tornar assessor de ministro, talvez nunca tivesse tido a oportunidade de exercer um dos mais altos cargos em comissão do Judiciário.
Se os casos narrados até aqui ainda não foram suficientes para convencer o meu leitor de como as oportunidades surgem quando menos esperamos, vou contar duas últimas histórias. Elas são meu próprio testemunho e reforçam a ideia de como uma decepção, uma porta fechada, pode ser convertida no início de caminhos muito melhores.
Pouco antes de inaugurar o Gran Cursos Online, eu cogitei seguir carreira na área financeira. Como você sabe, sempre estive envolvido no mundo dos concursos, e minha vocação é mesmo o empreendedorismo. Apesar disso, naquela época pensei em mudar o rumo, almejando me tornar Investment Banker em uma grande instituição financeira, como a Goldman Sachs ou a J.P Morgan. Esse era o sonho de grande parte dos meus colegas da faculdade e acabei entrando nessa onda por certo tempo.
Para fortalecer o meu currículo na área, fiz alguns estágios nos Estados Unidos e, como queria estar perto da minha família, nas férias de 2012 tentei um estágio no Banco Central do Brasil. O estágio não seria remunerado, e eu estava de acordo com isso, pois o meu objetivo era apenas obter experiência. Surpreendentemente, o Banco Central negou a minha inscrição sem nem mesmo avaliar o meu currículo. Disseram apenas que só aceitavam candidatos de faculdades brasileiras.
Fiquei bem triste na época. Eu estava disposto a trabalhar de graça, por isso não entendia como podia ter sido rejeitado. Foi mesmo decepcionante. Decidi, então, me dedicar às atividades no mundo dos concursos. Algumas semanas mais tarde, conversando com meu amigo e hoje sócio Rodrigo Calado, surgiu o embrião do Gran Cursos Online. No ano seguinte, demos início à oferta de cursos a distância com a marca, e nasceu a GG Educacional, empresa matriz que hoje emprega mais de 95 funcionários diretos, conta com mais de 230 professores e ajuda dezenas de milhares de alunos em todo o País a mudar de vida. Perceba que nada disso seria realidade hoje, se eu tivesse sido aceito para o estágio não remunerado no Banco Central, com vistas a ingressar numa carreira que nem era o meu objetivo de fato.
A má experiência com a tentativa de estágio no Banco Central não foi a única decepção em minha trajetória de empreendedor que acabou por gerar um resultado bem melhor no futuro. No fim de 2014, um grande grupo educacional estava interessado em investir no Gran Cursos Online. O investimento, na minha percepção e na do Rodrigo, permitiria que a empresa atingisse o patamar que almejávamos. No entanto, uma das condições da proposta era que o Rodrigo e eu abríssemos mão do controle da companhia. Nós nos tornaríamos efetivamente funcionários desse grande grupo educacional. Como achávamos que aquele era o melhor caminho para a empresa, aceitamos.
“…passada a ressaca inicial, nós nos reerguemos e seguimos em frente. Convertemos o sentimento de frustração em combustível para nos esforçarmos de maneira sobre-humana até concretizarmos todas as nossas projeções.”
Tudo estava certo para o fechamento do negócio, mas, na última hora, o grupo interessado desistiu. Tinham sido meses de conversas e de muito trabalho, de modo que, naturalmente, ficamos bastante chateados. Interpretamos aquilo como a morte dos nossos planos e projetos. Mas, passada a ressaca inicial, nós nos reerguemos e seguimos em frente. Convertemos o sentimento de frustração em combustível para nos esforçarmos de maneira sobre-humana até concretizarmos todas as nossas projeções.
Resultado: a empresa cresceu mais de 250% em dois anos, e continuamos como os únicos sócios, detendo 100% do controle de decisão, algo fundamental para empregar os nossos valores e a nossa visão e para garantir o dinamismo necessário à tomada de decisões. Realizamos diversos sonhos e efetivamos várias conquistas, como a mudança de sede (na minha visão, a mais bonita do Brasil no ramo), a construção de um moderno complexo de estúdios, a viabilização de aulões presenciais em todo o Brasil, o lançamento de cursos de qualidade nas mais diversas áreas de atuação e – o mais importante – milhares de aprovações em concursos de todo o País. Em poucas palavras, o que parecia uma grande decepção era, na verdade, a nossa salvação. Deus estava e está sempre no comando!
“…se a vida não está fácil – e não está para ninguém –, trate logo de se fortalecer para enfrentar as frustrações, as traições, os insucessos, os fracassos, as reprovações, as dificuldades financeiras, os dissabores amorosos.”
É por tudo isso que eu digo, amigo concurseiro: se a vida não está fácil – e não está para ninguém –, trate logo de se fortalecer para enfrentar as frustrações, as traições, os insucessos, os fracassos, as reprovações, as dificuldades financeiras, os dissabores amorosos. Permita que os seus sonhos sejam maiores do que os seus medos, do que as suas dificuldades, do que os seus erros. Superar-se dia a dia não pode ser uma escolha; tem de ser a sua realidade.
Quando você estiver desanimado por ainda não ter conquistado a tão almejada vaga na carreira pública, pense que, embora ainda não tenha chegado lá, está no caminho correto e bem mais perto do que estava ontem. E não perca a oportunidade de sentir enorme prazer fazendo exatamente o que pessoas dizem que você não é capaz de fazer.
Estamos juntos em sua trajetória e vamos em frente, em direção à realização dos seus sonhos, sempre prestando bastante atenção aos sinais que a vida apresenta no caminho.
“Primeiro ignoram-te, depois riem de ti, depois atacam-te e no fim tu vences.”
Gandhi
Gabriel Granjeiro
Bons estudos e GRAN sucesso,
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Mais artigos para ajudar em sua preparação:
- Conversa de jovem para jovem!
- O poder do pensamento positivo nos concursos e na vida
- Acredite: Agora é a melhor hora para você estudar para concursos públicos
- A inteligência emocional em benefício do concurseiro
- Sem sacrifício, não há recompensa!
- Deseje, mentalize e receba!
- Dicas de quem chegou lá
- Cultive a atitude da gratidão
Gabriel Granjeiro – Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há mais de 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.
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