Elimine o SE da sua VIDA

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(…) não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal.” – Mateus 6.25-34

Ah, SE eu tivesse estudado um pouco mais, com certeza passaria neste concurso…, pensa você ao término de mais um cansativo dia de provas. Ora, você NÃO estudou o suficiente, e ponto-final. Ah, SE eu tivesse nascido em outra cidade, poderia não estar enfrentando tantas dificuldades hoje…, lamentam você e muitas outras pessoas em situação semelhante à sua. Ora, a verdade é que vocês nasceram onde nasceram, e fim de papo. Ah, SE isso; ah, SE aquilo…

Caramba, que chata essa conversa, que chatos esses lamentos! O SE não existe, meu caro; isso, sim, é certo; isso, sim, é verdade; isso, sim, é fato. Então quer um conselho? Quando você notar seu pensamento indo rumo a mais um SE, trate de controlá-lo e guiá-lo de volta à realidade. Saia do mundo das hipóteses e enfrente os fatos, os problemas, os entraves, o que tiver de ser combatido e superado. O grande lance é este: atue tendo em conta a realidade, e não o cenário do SE tivesse feito isso, SE não tivesse acontecido aquilo, SE tivesse sido assim...

Em síntese, você precisa eliminar o SE da sua vida.

O SE, amigo concurseiro, deve servir no máximo como norte, como bússola que o manterá sempre no rumo certo em sua jornada. Hipóteses devem ser formuladas apenas para ajudá-lo a responder à pergunta fundamental: por que estou fazendo isto? O SE deve entrar na resposta: estou estudando para concurso porque, SE não o fizer, será mais difícil proporcionar estabilidade e conforto para minha família; estou fazendo isto porque, SE desistir agora, terei jogado fora meses ou anos de preparação.

Pense bem: adianta ficar imaginando o que poderia ter acontecido, mas não aconteceu? Os fatos ocorrem ou não; simples assim. O SE não pode servir como prisão, como algemas, como uma ideia que bloqueia a mente e trava o espírito. Não se engane, pois o SE tem potencial para distrair, tirar o foco e desviar o caminho. Funciona como um alento, mas é fantasioso e passa a falsa sensação de controle sobre o nível de estresse. Cuidado para não entrar em um loop nocivo, do tipo que faz ficar lamentando os erros do passado e projetando um futuro tão utópico quanto distante. A vida é curta demais para não nos preocuparmos em fazer o dever de casa AGORA, no presente, meu amigo.

A vida é curta demais para não nos preocuparmos em fazer o dever de casa AGORA, no presente, meu amigo.

Diz a canção que a vida é trem-bala, e a gente é só passageiro prestes a partir. De fato, concurseiro, o trem da vida não para pra você entrar; você que corra atrás até alcançar a porta. Está certo o pescador, sabedor de que, não importa se a maré está alta ou baixa, cabe a ele ter coragem para navegar até onde seja necessário, se quiser tirar pleno proveito do que o oceano tem a oferecer.

Ora, leitor amigo, quando cedemos a mais um e SE, estamos, na prática, desistindo de arriscar. E sei que vai parecer clichê, mas preciso dizer assim mesmo: quem não arrisca, não petisca. É claro que com o risco vem a chance de cometer erros, mas tudo bem! Errar faz parte. Digo mais: os erros devem ser vistos como motivo de orgulho, pois denotam coragem para viver a vida ativamente e não como se os SEs fossem reais. Escorar-se na desculpa do que não foi, sim, é ato de covardia, de fraqueza. É cômodo e inútil.

Nosso tempo se caracteriza por inúmeras contradições, e uma delas diz respeito à tendência de se viver no e do passado. Quem padece desse mal tende a sofrer de depressão, e não me refiro à depressão clínica, um dos grandes males de hoje, mas àquela decorrente da tristeza de reviver o passado o tempo todo, remoendo fatos pretéritos; àquela que nos acomete quando ficamos presos ao que já foi, mas não é mais. Ora, amigo, nossas experiências devem compor memórias e servir de aprendizado, nada além disso.

No outro oposto, está o ansioso que vive no e do futuro, ignorando o fato de que o porvir está por vir e não passa de uma projeção. Temos de projetar cenários apenas para nos prepararmos da melhor forma possível para eles. O que planejamos para amanhã deve, sim, nortear nossas decisões de hoje, mas pare por aí. Nem eu nem você devemos sofrer de véspera, nutrindo verdadeira fixação pelo SE de acontecimentos FUTUROS. Ah, se eu não casar até os 30 anos de idade vou ficar solteiro para o resto da vida. Que viagem! Há tantas outras possibilidades além das relações ditadas pelos contos de fadas… O SE, nesse caso, apenas denuncia medo da solidão, que precisa ser trabalhado, é claro, para que se afaste o sofrimento por antecipação.

O fato, amigo, é que o futuro ainda não existe e o passado já passou. Se algo sobre um desses momentos da vida preocupa ou incomoda você, lide com isso hoje, mas jamais viva em outro tempo que não seja o atual. Lembre-se: é no presente que lançamos sementes, plantamos e fazemos tudo acontecer. É no presente; não no passado ou no futuro.

Lembre-se: é no presente que lançamos sementes, plantamos e fazemos tudo acontecer. É no presente; não no passado ou no futuro.

Não sei se me fiz entender. Minha intenção era passar o recado de que devemos seguir sempre em frente. Às vezes, precisaremos apenas caminhar, às vezes teremos de correr. Talvez em algum momento precisemos até mesmo dar um jeito de voar. Não importa. Importante é saber que a vida não pode ser escrita a lápis, que você não pode simplesmente apagar um erro com borracha. Pode, sim, recomeçar sua narrativa em outra linha ou mesmo em outra página do seu livro.

Só não vale repetir os mesmos erros nem paralisar por medo de falhar ou receio de confiar. Tampouco vale manter relacionamentos tóxicos, inventar desculpas para tudo, temer a solidão e viver uma vida que não é a sua, num tempo que não é o seu, atuando em uma profissão que você não escolheu ou trabalhando em algo que não lhe traz satisfação.

Vamos, então, combinar: no instante em que você se vir pensando e SE, volte para a realidade e ENFRENTE-A. ATUE. AJA.

Na lição em epígrafe, o Mestre quis nos ensinar a resolver os problemas do PRESENTE, sem juntar as preocupações de HOJE com as de AMANHÃ, para não piorarmos uma situação que talvez já seja bastante ruim. Ele quis mostrar como são vãs as tentativas de prever o futuro, que podem facilmente nos impedir de pensar com clareza, conduzindo-nos a decisões precipitadas e erradas. Afinal, raramente as coisas acontecem como imaginamos ou desejamos.

Que tal, então, você e nós do Gran Cursos Online fazermos valer a pena o ingresso para entrar no trem-bala da vida?

Se está disposto a isso, registre nos comentários: “Eliminei o SE da minha vida!”. Siga em frente conosco!

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Gabriel Granjeiro – Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há mais de 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.

 

 

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