“Se você está deprimido,
Você está vivendo no passado;
Se você está ansioso,
Você está vivendo no futuro;
Se você está em paz,
Você está vivendo no momento presente.” – Lao Tzu, filósofo e poeta chinês
Essa de ficar o tempo todo olhando para o passado, revivendo o passado, pensando no passado já era. Para que serve o passado? Para abrigar os bons momentos que queremos recordar e os ruins que queremos esquecer. Serve como repositório de experiências que nos deixaram lições importantes, tal como um livro de história, só que exclusivo. Eu sei, amigo leitor: tudo que aconteceu de melhor e de pior em sua vida está lá. São cicatrizes em sua alma, como se fossem marcas que suas memórias deixaram em seu coração. O passado tem, sim, o seu valor, mas nem por isso você deve se prender às lembranças, especialmente às ruins, dolorosas, traumáticas. O caminho é aprender com elas e seguir adiante.
Digo mais: pode ser que você tenha de aniquilar o seu passado para salvar o seu futuro. Sim, nossa conversa de hoje é direcionada a você que vive ruminando o passado. Não importa que o seu tenha sido excelente, muito menos que tenha sido péssimo; ele não pode servir de desculpa para que você desvalorize o que tem no presente. É preciso seguir sempre em frente, concurseiro, e apenas em frente! Olhar a todo instante para o passado significa engatar marcha à ré. Atrapalha o avançar.
A história de uma pessoa é um conjunto de informações, estatísticas, experiências e lembranças, algumas boas, outras más; todas valiosas e especiais para o sujeito que as vivenciou e as guarda. Que essa história tem o seu valor, ninguém duvida, mas ela precisa ficar no lugar ao qual pertence: no passado. Ela não é a sua, a minha, a nossa realidade atual. Foi, mas não é mais. Então, que tal pegar as feridas geradas pelos embates do passado e cicatrizá-las de vez para encouraçar a alma? E que tal – se a sua bagagem for mais leve e você tiver tido um passado mais afortunado – deixar de lamentar o seu presente menos glorioso? Intoxicar a si mesmo com lamúrias e autopiedade só tira o brilho da vida. Quando se vive muito de passado, esquece-se de pensar no futuro e – pior – de existir com plenitude no presente. Por consequência, momentos que poderiam ser bons e marcantes tendem a passar despercebidos, e prazeres simples mas verdadeiros deixam de ser devidamente apreciados. Tudo em nome da amargura e do apego ao que já passou.
“Temos de ter em mente que nossas perspectivas estão no futuro”
Temos de ter em mente que nossas perspectivas estão no futuro. Você sabe: o que está prometido para nós nos aguarda lá na frente, não lá atrás. Por isso é tão importante viver um dia de recomeço depois do outro. Cada amanhecer oferece mais uma chance de vitória. Para tirarmos proveito das novas oportunidades que surgem diariamente, o primeiro passo é superar as experiências menos exitosas de antes. Seguir em frente é mais do que essencial; é imprescindível.
Em poucas palavras, nunca deixe que a saudade do passado ou o medo do futuro estraguem a beleza do HOJE. Nós, seres humanos, temos a dádiva de saber que nosso tempo é finito. Ter ciência disso nos dá uma vantagem sem igual: temos a possibilidade de fazer a nossa passagem na terra valer. “A vida é curta demais para ser pequena”, já dizia Benjamin Disraeli. De fato, ela é curta demais para vivermos continuamente o dia de ontem e sonharmos exclusivamente os sonhos dos outros. E é curta, muito, muito curta, para perdermos nosso precioso tempo dando ouvidos a críticas maldosas ou a fofocas que não se prestam a nada a não ser destruir nossa autoconfiança.
“É sempre assim: há fatos da vida cujo significado não compreendemos muito bem no momento em que ocorrem; anos mais tarde, de repente tudo se encaixa, tudo se explica, tudo faz sentido. “
Outro ponto importante: tempo vale mais do que dinheiro. A forma como o organizamos pode fazer toda a diferença em nossa vida, tanto no campo profissional, como no pessoal. Gerir o tempo é descartar tudo de menos importante, tudo que não agregue valor aos projetos e sonhos que perseguimos. Remoer o passado não acrescenta nada aos nossos projetos nem faz diferença em nossa luta diária; nossas ações no presente, sim. Acredito que, com o volume de atividades diárias – essas, de fato, importantes – que você que me lê tem para cumprir, não lhe sobra tempo para ficar olhando pelo retrovisor, não é? Então, não repise o que já passou como faz gente sem futuro e que prefere sofrer e se autossabotar o tempo todo.
Às vezes, olho bem nos olhos do meu passado e percebo que aquilo que um dia me fez sofrer é exatamente o que me tornou hoje forte, gigante, antifrágil, imparável. É sempre assim: há fatos da vida cujo significado não compreendemos muito bem no momento em que ocorrem; anos mais tarde, de repente tudo se encaixa, tudo se explica, tudo faz sentido. Imagino que se trate da vida ensinando algo que precisávamos aprender, ainda que à base de muito sofrimento.
Claro que, conscientemente, todos nós sabemos que não se muda o passado; que o que passou, passou. De verdade, todos nós entendemos que nossas experiências pretéritas servem apenas de fonte de aprendizagem, não é mesmo? Então, leitor amigo, esqueça os momentos tristes. Melhor ainda: foque em aniquilá-los, extirpando-os do coração, da alma, da mente. Direcione as suas energias para o momento atual, aprendendo a viver cada momento do seu presente e a apreciar cada conversa com os amigos, cada encontro, cada pessoa que atravessa o seu caminho. Pode ser necessário primeiro fazer as pazes com o passado e, em especial, com as pessoas que você magoou e com as que machucaram você. Perdoar os outros e a si mesmo é um passo decisivo e do nosso maior interesse. Acredite: o maior beneficiado desse perdão será você mesmo.
“Não tem como acertar o alvo mirando para trás. É simples assim.”
Não estou sugerindo que você releve o passado, até porque ignorar as lições aprendidas não trará benefício algum. Tudo o que você não tiver resolvido muito bem no passado voltará a atingi-lo em algum momento do presente ou do futuro. Tenha isso em mente e trate de resolver – já! – o que aconteceu, mas não sucumba ao pensamento de que você está fadado a vivenciar tudo de ruim de novo, e de novo, e de novo. Se você foi reprovado no concurso dos seus sonhos, não lide com isso como se a reprovação fosse o maior fato da sua vida e você estivesse condicionado a outros insucessos semelhantes. Em outras palavras, não permita que um fracasso pontual como esse defina você. Extraia dele as lições, anote tudo que deu errado e corrija para a próxima vez. Não tem como acertar o alvo mirando para trás. É simples assim.
Mais um conselho: quando, a partir das lições do passado, você elaborar no presente os seus planos para o futuro, guarde sigilo sobre eles. Só confidencie alguns detalhes desses projetos para pessoas que sem sombra de dúvida gostam de você e torcem pelo seu sucesso. A sabedoria popular ensina: o que ninguém sabe, ninguém estraga. Acontece com todo o mundo: no auge da empolgação, um grande projeto é revelado a alguém, e, no fim, dá tudo errado. Eu, mesmo, tinha o hábito de compartilhar com amigos toda boa ideia que me surgia. Outras vezes, anunciava antes da hora que algo bom estava para acontecer. Com o tempo, percebi que isso só tornava o processo mais lento, quando não condenava tudo ao fracasso. Não sei se existe explicação científica para isso, mas é algo que qualquer pessoa um pouco mais experiente já notou. Portanto, na dúvida, conte seus planos apenas para quem realmente precisa saber deles durante o processo de execução. Confidencie os seus projetos como concurseiro apenas para quem precisa, de fato, saber deles, seja porque lhe prestará apoio direto, seja porque é alguém dos seu convívio diário e notará sua movimentação atípica. Quanto aos demais, deixe que os resultados falem por si.
Para concluir nossa conversa de hoje, reitero: não lamente o passado nem se aflija com o futuro. Não sofra de véspera nem condene a si mesmo a noites insones de ansiedade. Viva sábia, séria e profundamente o momento atual, que é um presente da vida. E, na medida do possível, afaste-se dos urubus de plantão, que são tão pessimistas a respeito do seu futuro quanto são otimistas em relação ao seu passado.
Vamos sempre em frente, arquitetando o nosso futuro e sendo sábios para não cometermos os mesmos erros de ontem. Não existe derrota para quem entende isto: ou se vence, ou se aprende.
“Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já me não dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.” – Fernando Pessoa, poeta e escritor português.
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Gabriel Granjeiro – Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há mais de 10 anos. Fascinado pelo empreendedorismo, pelo ensino a distância e por mudar vidas. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business.
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